Em 24 horas, o rio Tapajós baixou 21 centímetros, medindo 91 centímetros nesta quarta-feira, 25, estando 1,19 metro abaixo de 2023, quando registrou 2,10 metros no mesmo período, além de 4,03 metros abaixo de 2015 quando registrou 4,94 metros, assim como 1,09 metro abaixo de 2010 quando registrou 2,00 metros e 88,9 centímetros abaixo da cota de alerta, que é de 2,10 metros.
Devido a problemas ocasionados pela seca extrema que atinge a região amazônica, catraias (canoas) estão estacionadas, enquanto turistas atravessavam a pé o canal que liga a Vila à Ilha do Amor, em Alter do Chão, distante 37 quilômetros de Santarém, oeste do Pará.
Outro ponto que chama atenção fica próximo ao Centro de Atendimento ao Turista (CAT). No local, o lago secou provocando mortandade de peixes, quelônios, entre outros animais.
Para o líder Borari, Cacique Rosivaldo Maduro, a seca já está causando impactos diretos na economia da Vila Balneária, onde mais de 100 catraieiros já paralisaram as atividades.
“O primeiro impacto é que seca desempregou mais de 100 pessoas, porque têm 100 catraias cadastradas e têm os donos e as pessoas que trabalham pra eles. Então essas pessoas estão sem trabalhar”, revelou o Cacique Maduro.
Segundo o presidente da Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão (Atufa), Elton Charles, nos últimos dois anos já houve os impactos da vazante extrema, mas que neste ano, se antecipou.
“A gente tenta se adaptar a essa situação com a ajuda das comunidades dos rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas. A gente acaba perdendo alguns roteiros, mas sempre com adaptações, para que o cliente tenha um aproveitamento no passeio”, informou Elton Charles.
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Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém