Além dos problemas financeiros que incluem supostos rombos nos cofres públicos, dívidas acumuladas com credores, fornecedores e o funcionalismo público, o prefeito de Mojuí dos Campos, no oeste do Pará, Jailson Alves, enfrenta um desafio ainda maior: a recuperação de máquinas e equipamentos públicos que foram encontrados sucateados, abandonados e, possivelmente, com peças retiradas de forma irregular.
Imagens obtidas pela reportagem trouxeram à tona o estado de deterioração dos maquinários e veículos, ao final da administração do ex-prefeito Marco Antônio Lima. Em uma área de mato, foram identificados veículos oficiais em condições alarmantes. Entre eles, caçambas, caminhonetes, tratores, patrols e até ambulâncias, cerca de cinco ao todo, estavam visivelmente depredados, sem pneus, motores ou outras peças essenciais.
De acordo com fontes ligadas à administração municipal, muitos desses equipamentos sucateados foram encontrados em locais que não eram de conhecimento oficial, o que levanta suspeitas sobre possíveis práticas ilícitas. “O que encontramos aqui é um cenário de abandono completo. Esses veículos e máquinas, que deveriam estar a serviço da população, estão agora praticamente irrecuperáveis”, afirmou um servidor que preferiu não se identificar.
Diante desse cenário caótico, o prefeito Jailson Alves deve decretar nos próximos dias uma Situação de Emergência Administrativa e Financeira. O decreto visa agilizar medidas para avaliar os danos, recuperar o que ainda for possível e apurar responsabilidades sobre o estado de abandono e possível desvio de peças.
A falta dessas máquinas e veículos compromete serviços básicos como manutenção de estradas vicinais, coleta de lixo, transporte de pacientes e outras demandas essenciais para o funcionamento do município.
O prefeito deve acionar a Procuradoria Geral do Município e instaurar uma investigação rigorosa para apurar como e por que esses veículos foram deixados nesse estado. Uma comissão especial será formada para avaliar as condições do maquinário, identificar os responsáveis pelo abandono e, se necessário, acionar os órgãos competentes para que medidas legais sejam tomadas.
Com informações do Portal OESTADONET
