A saúde respiratória exige atenção permanente, sobretudo durante o chamado “inverno amazônico”, quando o ar mais úmido e os ambientes fechados favorecem a circulação de vírus. Em Santarém, o Núcleo Epidemiológico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas e do Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) contabilizou 4.091 atendimentos por queixas respiratórias entre 1.º de janeiro e 29 de junho de 2025—sendo 2.346 na UPA e 1.745 no HMS.
No hospital, a procura ganhou força a partir de março e atingiu o pico em abril, com 436 registros, permanecendo elevada em maio (401). A maioria dos casos correspondeu a síndromes gripais sem etiologia definida; houve nove confirmações de influenza A/B e vinte e quatro de Covid-19. Na UPA, maio concentrou a maior demanda, com 648 atendimentos, enquanto abril registrou 350. Ao longo do semestre, a unidade confirmou vinte e três diagnósticos de Covid-19.
Para o infectologista Alisson Brandão, que atua no HMS, o comportamento sazonal continua sendo o principal fator de risco.
“Nas chuvas mais intensas, as pessoas se fecham em ambientes pouco ventilados, cenário ideal para a proliferação de vírus respiratórios. A prevenção é simples: vacina em dia, máscara ao tossir ou espirrar, locais arejados e higiene constante das mãos”, recomenda.
O infectologista também orienta sobre a importância de buscar atendimento médico no local adequado, dependendo da gravidade dos sintomas. “Para quadros leves, a população deve buscar as Unidades Básicas de Saúde, reservando a UPA para sintomas moderados e o HMS para sinais de alerta, como febre persistente ou dificuldade para respirar”.
Por: Ândria Almeida/Ascom-HMS e Upa
Fonte: Portal Santarém