O governador Helder Barbalho visitou, no domingo (16), os dois navios de cruzeiro ancorados no porto de Outeiro, em Belém, que operam como hotéis flutuantes para participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). As embarcações foram contratadas pelo governo federal para reforçar a estrutura de hospedagem da conferência e, juntas, garantem cinco mil leitos em mais de 3,9 mil cabines.
Os transatlânticos chegaram a Belém no dia 4 de novembro e passaram a receber hóspedes a partir do dia 5, concentrando delegações, equipes técnicas, imprensa e trabalhadores envolvidos diretamente na COP30. Durante a agenda deste domingo, o governador percorreu áreas comuns, recepção, restaurantes e setores de embarque e desembarque, acompanhando o funcionamento do serviço de hospedagem e a rotina dos usuários já instalados a bordo.
“Os investimentos que aqui chegam deixam um legado muito importante. A partir destas obras, nós estamos prontos para receber navios de cruzeiro, o que incrementa a estratégia de posicionamento de Belém como capital da Amazônia. O porto de Outeiro, com essa nova perspectiva, impulsiona a economia, gera emprego e renda para toda esta região da nossa cidade. E agora, no pós-COP, nós poderemos receber vários navios que estarão mostrando a Amazônia pelos nossos rios, por esta atmosfera extraordinária que nós podemos proporcionar aos nossos visitantes”, afirmou Helder Barbalho.
Ao destacar a operação dos navios, o governador do Pará reforçou que a presença das embarcações em Outeiro é parte de um esforço articulado entre governo do Pará, governo federal e prefeitura de Belém para garantir conforto, segurança e previsibilidade à experiência dos participantes durante as duas semanas de conferência.
Hospedagem para mais de 50 mil participantes
Os hotéis flutuantes de Outeiro integram o conjunto de soluções de hospedagem estruturado para a COP30, que reúne a rede hoteleira da Região Metropolitana de Belém, a Vila COP, escolas adaptadas, novos empreendimentos e locações gerenciadas por plataformas oficiais da conferência. O planejamento logístico foi desenhado para atender mais de 50 mil participantes durante o período do evento, entre chefes de Estado, delegações de mais de 190 países, representantes de organismos internacionais e da sociedade civil.
No conjunto dessa estratégia, os navios ancorados no Porto de Outeiro têm papel central por concentrar grande capacidade de leitos em um único ponto, com padrão internacional de serviços e operação alinhada à logística de transporte oficial da COP30.
Porto de Outeiro, obra federal e legado para o turismo
Para receber os cruzeiros, o Terminal Portuário de Outeiro passou por um amplo processo de requalificação conduzido pelo governo federal. As intervenções incluíram a modernização do cais, ampliação da capacidade de atracação, adequações de segurança e a preparação do terminal para operar com embarque e desembarque de passageiros durante e após a COP30.
A expectativa do governo federal é que, depois da conferência, o novo porto de Outeiro se consolide como um hub de cruzeiros na Amazônia, fortalecendo o turismo marítimo, atraindo novas rotas e ampliando a geração de emprego e renda no distrito de Outeiro e em toda a Região Metropolitana de Belém.
Conexão rápida com o Parque da Cidade
O deslocamento entre os navios e o Parque da Cidade, onde se concentram a Blue Zone e outras áreas oficiais da COP30, é feito por linhas exclusivas de ônibus da conferência, gratuitas para credenciados e operando em fluxo contínuo. O trajeto utiliza a nova ponte que liga Outeiro à parte continental de Belém, obra do governo do Pará, e faixas de BRT, com tempo de viagem estimado em cerca de 30 minutos entre o terminal e o parque.
Por Arthur Sobral (SECOM)
Com informações da Agência Pará
