Na sexta-feira, 19, a partir das 19h começou o Festival Rejeita- Inferno Amazônico, no Boteco Socialista e segue com programação até 21/09, no bar Samaúma. A cidade será palco de um encontro de arte, política, resistência e celebração da diversidade LGBTQIAPN+ em um debate sobre as urgências da crise climática. A programação é gratuita e será transmitida ao vivo pela Mídia NINJA, ampliando o alcance da mobilização em todo o país.
Na abertura a mesa on-line “Travas pelo Clima”, mediada por Gabriela Luz, Themônia Amazônida e co-fundadora da ASCULTA, que traz as deputadas federais Erika Hilton e Duda Salabert, é promovida pela KOKOCOP – frente de mobilização climática das Themônias Amazônidas. O debate reúne duas potências da política brasileira, ambas comprometidas com a agenda ambiental e com projetos de lei que visam garantir direitos e proteção às populações mais vulneráveis diante dos impactos da crise climática.
“Com a COP-30, o debate climático e a região amazônica estão em foco, assim como os problemas e desafios que a população de Belém enfrenta. Precisamos pensar no agora e também no futuro, porque a COP vai passar, mas o clima deve continuar pior, se não fizermos algo!”, observa Gabriela Luz, articuladora Themônia.
Com coordenação da Campanha Nacional da Diversidade Criativa do Brasil rumo à COP-30, liderada pela ASCULTA, em parceria com a Plataforma Fervo e a Mídia NINJA, o festival articula mais de 350 artistas, coletivos e lideranças LGBTQIAPN+ de todas as regiões do Brasil, com foco em justiça climática, diversidade e reparação social.
O PL 2215/2024, de autoria de Duda, que cria o Dia Nacional para Ação Climática, mobilizando escolas e territórios para a educação e prevenção de desastres e o PL da Política Nacional dos Deslocados Ambientais e Climáticos (PNDAC), de Erika, que reconhece o direito de quem é forçado a fugir das enchentes, queimadas, secas e crimes ambientais.
“O KOKOCOP, espaço de mobilização climática das themônias amazônidas, nasce como uma tática de letramento das comunidades LGBTQIAPN+ sobre as pautas climáticas, a partir da nossa própria linguagem, estética e urgência. Com encontros mensais, debates, performances e formação, a KOKOCOP articula a cena LGBTQIAPN+ para se posicionar frente à COP-30, que acontecerá em Belém em 2025” destacou Juliano Bentes, vice-presidente da Asculta.
Se a luta é climática, ela também é queer, periférica, preta, indígena e criativa. Rejeitar o inferno. Themonizar a Amazônia.
Por: Emanuele Corrêa
Fonte: Portal Santarém