Gastronomia única, cultura ancestral, experiências em meio à natureza com valorização das comunidades locais, rica história e paisagens que vão de campos marajoaras, praias oceânicas e fluviais, e formações rochosas ao encontro da floresta amazônica com os centros urbanos. Tudo isso faz parte do imenso e diversificado Estado do Pará , um destino obrigatório em qualquer roteiro, cada vez mais procurado por turistas de todos os continentes.
O Pará recebeu 1,044 milhão de turistas em 2023, ultrapassando a marca de um milhão pela primeira desde 2019, quando 1,043 milhão de pessoas visitaram o Estado. O resultado marca a retomada do setor para os patamares anteriores à pandemia de Covid-19. Um crescimento verificado também em relação à renda gerada, que chegou a R$ 750,4 milhões, conforme dados da Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
Para promover todo esse potencial turístico, o governo do Estado, por meio da Setur, participa da Visit Brasil Gallery Amazon, em Nova Iorque (Estados Unidos), entre os dias 23 e 27 de setembro. Realizado pela Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), a galeria é um espaço-conceito para a promoção da cultura e dos destinos turísticos brasileiros, permitindo a vivência de experiência imersiva, por meio da perspectiva da sustentabilidade, diversidade, arte, artesanato, moda, belezas naturais, inovação, ritmos musicais e sabores autênticos da gastronomia, que desafiam e seduzem todos os paladares.
Em cinco dias, o objetivo é realizar ações estratégicas voltadas à promoção, ao marketing e à exportação de serviços turísticos para agentes do mercado (B2B), público final (B2C) e imprensa.
COP 30 – O Pará é destaque nesta terça-feira (24), com o ‘Painel: COP 30 e o Futuro Sustentável do Turismo no Pará: Perspectivas e Oportunidades”, que reunirá especialistas e líderes para discutir as implicações e oportunidades que a conferência mundial sobre mudanças climáticas trará para o turismo sustentável no Estado.
O debate abordará como o evento global pode impulsionar o turismo responsável e sustentável na região, promovendo práticas que valorizam a biodiversidade e as culturas locais, alinhando o desenvolvimento turístico com a preservação ambiental e a inclusão social no Pará, destacando seu potencial como destino único no cenário internacional do turismo sustentável.
A programação também conta com artesanato, cooking show, exposições digitais e o lançamento do Projeto Amazônia 360.
Secretário Eduardo Costa expôs o potencial do Estado e as expectativas para a COP 30
Turismo de excelência – O titular da Setur, Eduardo Costa, participa como painelista do evento. Para o secretário, a COP 30 deixará um legado profundo e duradouro ao setor de turismo no Estado. “Além dos benefícios econômicos imediatos, como o aumento do fluxo de turistas e a criação de empregos temporários durante o evento, a COP 30 representará uma oportunidade ímpar para elevar a reputação do Pará como um destino turístico de excelência, enraizado em sua rica biodiversidade e herança cultural”, ressaltou Eduardo Costa.
“Ao sediar um evento de importância global, o Pará vai poder apresentar ao mundo suas maravilhas naturais, diversidade cultural e seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. Essa exposição internacional tem o potencial de atrair um contingente maior de turistas no futuro, ansiosos por explorar a Amazônia e absorver a essência única do Pará”, complementou o secretário.
Mixologista Yvens Penna preparando coquetéis para degustação
Valorização da culinária – Recentemente nomeado 1° Embaixador Gastronômico da ONU Turismo, o chefe paraense Saulo Jennings apresenta para degustação no evento um pirão amazônico. Com o título de embaixador, ele representa o País como referência de valorização de culinária inspirada na cultura alimentar da região tapajônica, no oeste do Pará.
Com drinks que celebram a Amazônia, impulsionando o setor de alimentos e bebidas, a economia criativa, a inovação e o desenvolvimento sustentável local, o mixologista Yvens Penna mostra em Nova Iorque toda a variedade da sua coquetelaria.
Os participantes também poderão degustar chocolates regionais, da Chocolates De Mendes, produzidos pela comunidade Acará-Açu, situada às margens do Rio Acará, nordeste do Pará. As amêndoas de cacau desta área de várzea apresentam características sensoriais diferenciadas devido à complexidade do solo e do microclima da região. Elas são pré-processadas por uma comunidade de ribeirinhos agroextrativistas.
Outro destaque é a distribuição de muiraquitãs, amuleto tradicional da cultura indígena da Amazônia, conhecido por sua forte simbologia mística. Essas pequenas esculturas, muitas vezes em forma de sapos ou outros animais, eram usadas principalmente pelas mulheres do Povo Tapajó, associadas a atributos de proteção, fertilidade e boa sorte.
O muiraquitã carrega uma rica história, representando não apenas a espiritualidade dos povos indígenas, mas também a conexão profunda com a natureza amazônica, tornando-se um símbolo da força e sabedoria ancestrais.
Artesanato – Na programação da galeria também haverá a Mostra Marajoara, integrada pelos coletivos “Arte Mangue Marajó”, “Mãos Caruanas” e “Replicando o Passado”. “O mais importante é enfatizar que esta arte milenar está muito viva nas mãos dos artistas locais. Trazemos réplicas, leituras e releituras contemporâneas da cerâmica arqueológica marajoara, e também criações escultóricas sensíveis, inspiradas na relação que as pessoas possuem com os mangues”, disse Helena Lima, curadora da Coleção Arqueológica do Museu Paraense Emílio Goeldi e coordenadora do “Replicando o Passado”.
Exposições digitais – Dois artistas paraenses terão sua obra exposta na galeria durante o evento. Idealizada por Sebá Tapajós, a exposição digital “Street River Amazônia – Primeira Galeria Fluvial da Amazônia”, leva artistas de grafite para a Amazônia, promovendo a arte urbana em comunidades ribeirinhas. Os artistas criam murais nas paredes das casas, integrando a arte contemporânea à paisagem natural e cultural da região. Essa iniciativa busca valorizar e fortalecer a identidade local, além de sensibilizar sobre a importância da preservação ambiental.
Outra exposição digital é “Mulheres da Amazônia”, com a participação da artista paraense Laíza Ferreira, cuja obra entrelaça memória, ficções, territórios e temporalidades para criar novas possibilidades de reexistência. Por meio de colagens, ela estimula a imaginação para reconectar-se com aqueles que vieram antes e preencher as lacunas deixadas pelo apagamento da cultura amazônica. A busca por preencher essas lacunas de memória tem impulsionado sua arte desde a infância.
‘Amazônia Viva” – Também será apresentada a Campanha Amazônia Viva, uma experiência em 360º imersiva pela região do Rio Tapajós, que visa sensibilizar para a preservação da Amazônia. O filme é uma das principais ferramentas de sensibilização, formação e engajamento de lideranças e comunidades religiosas, e do público em geral, sobre a preservação da Amazônia e a defesa dos direitos dos povos indígenas. O filme é oferecido gratuitamente para todos os interessados em promover a conscientização sobre a proteção da floresta.
Com, informações da Agência Pará