Faleceu na madrugada deste domingo (11), o jornalista, professor e pesquisador paraense Manuel Dutra. Com uma trajetória marcada pelo compromisso ético, sensibilidade social e defesa incansável da liberdade de expressão, Dutra deixa um legado notável para o jornalismo e a educação na Amazônia.
Formado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (1972), Dutra atuava como professor no Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará (UFPA). Era detentor de três Prêmios Esso Região Norte, além de títulos acadêmicos importantes: especialização em Educação Ambiental pelo NUMA/UFPA (1995), mestrado em Planejamento do Desenvolvimento (1997) e doutorado em Ciências Socioambientais pelo NAEA/UFPA (2003).
Legado e Carreira
Sua carreira foi pautada pela busca da verdade, o respeito aos princípios democráticos e a valorização das causas sociais e ambientais. Como educador, formou gerações de profissionais com sabedoria e dedicação, sendo reconhecido e admirado por alunos e colegas.
O velório de Manuel Dutra acontece a partir das 16h deste domingo, na Capela Master A, localizada na Avenida José Bonifácio, 1550, permanecendo até às 14h30 de segunda-feira (13), quando o corpo será encaminhado para cremação.
Manuel Dutra era casado com a desembargadora Zuila Dutra, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.
Fonte: Diário do Pará
JORNALISTA JOTA NINOS COMENTA O FALECIMENTO DE MANUEL DUTRA
Esta foi uma das últimas fotos que tirei quando de uma das visitas do meu amigo e mestre, Manuel Dutra.
Sempre que vinha a Santarém, me ligava e nos encontrávamos para conversar, principalmente sobre os jornalistas que ele sempre acompanhou, principalmente quando coordenava o primeiro curso de jornalismo no IESPES, de 2006 a 2010.
Fiquei sabendo da situação de saúde dele há duas semanas, mas em respeito ao pedido da família não divulguei nada, exceto para alguns amigos comuns, mais próximos.
Dutra estava debilitado e foi fazer exames médicos. Constatou-se que estava com um câncer no fígado. O segundo exame, que deveria indicar que tratamento fazer, não foi possível. Estava muito fraco e já se sabia que a doença avançara. A família tentava encontrar a melhor forma de diminuir seu sofrimento, mas infelizmente ele não resistiu e partiu hoje.
A intenção da família é cremar o corpo do jornalista, que deverá ser espalhado nas águas do rio Tapajós que ele tanto defendeu. Mais detalhes serão divulgados em breve.
AVE, DUTRA!