A professora Daniela Pauletto, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), conquistou o terceiro lugar no IX Prêmio em Estudos de Economia e Mercado Florestal. A premiação dos cinco melhores trabalhos selecionados ocorrerá nesta quarta-feira, 10 de dezembro, das 09h às 13h, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF).
Promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a premiação visa incentivar a produção científica e valorizar pesquisas originais que tragam soluções aplicáveis à gestão e à recuperação dos biomas brasileiros. Nesta edição, o Prêmio recebeu 42 inscrições, todas voltadas à recuperação florestal.
Intitulado “Estrutura e Funcionalidade de Sistemas Agroflorestais Comerciais na Amazônia Brasileira: Implicações para Políticas e Fomento”, o estudo desenvolvido pela pesquisadora Daniela Pauletto avaliou a composição de SAF’s comerciais com diferentes idades em oito municípios da Amazônia Oriental. Os resultados indicaram 72 espécies distribuídas em 36 famílias botânicas, com destaque para Fabaceae, Arecaceae e Meliaceae. Predominaram espécies alimentares (65,3%), seguidas das florestais (27,8%) e de serviço (6,9%), sendo o cumaru (Dipteryx odorata) a espécie mais frequente.
“Durante o estudo ficou evidente que a principal função de implantar espécies ou manter espécies de regeneração natural é a destinação alimentar”, afirma a pesquisadora, que integra o corpo docente do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef). “Também ficou claro, a partir desse trabalho, que há pouco incentivo do ponto de vista governamental e que a maior parte dos cultivos vem de iniciativa própria dos agricultores familiares, que são quem mantém e ampliam esses sistemas”.
Inédito, o estudo compõe um dos capítulos da tese de doutorado da pesquisadora, denominada “Sistemas Agroflorestais na Amazônia Oriental: Análise da adoção, composição e características socioambientais”, defendida em abril deste ano no âmbito do doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Para a docente, é importante que haja a ampliação de estudos que acompanhem a dinâmica de espécies ao longo do tempo, assim como de incentivo governamental de fomento, visando principalmente o reconhecimento pelos serviços ambientais que esses plantios geram. “Essas ferramentas poderiam ampliar o cultivo agroflorestal, que tem se mostrado na região como uma estratégia no enfrentamento das mudanças climáticas”.
Confira AQUI o resumo trabalho premiado.
http://anexosform.cnpq.br/doc/PFLOR_-_2025/2/2568138002838864_03.pdf
Com informações da Ascom/Ufopa
Fonte: Portal Santarém
