O governador do Pará, Helder Barbalho, recepcionou na quinta-feira (13), o ex-vice-presidente dos Estados Unidos e referência mundial na luta contra as mudanças climáticas, Al Gore, no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém. A visita, realizada durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reforçou o protagonismo do estado na construção do Vale Bioamazônico, estratégia que une ciência, tecnologia e valorização da sociobiodiversidade como base de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

Localizado nos armazéns 5 e 6 do complexo Porto Futuro, às margens da Baía do Guajará, o Parque foi apresentado a Al Gore como um ambiente voltado à formação de mão de obra especializada, incubação de startups e fortalecimento de negócios comunitários que atuam com a biodiversidade amazônica de forma responsável.
Reconhecimento internacional e compromisso com o futuro
Durante a visita, Al Gore elogiou a proposta inovadora do Pará e demonstrou entusiasmo com os projetos em andamento.
“Eu vou ajudar a contar a história do Pará para o resto do mundo. É muito inspirador. Estive na Amazônia três vezes nos últimos 40 anos, e nas últimas visitas o que dominava era a narrativa da destruição. Mas agora vejo uma nova abordagem, com emprego e prosperidade protegendo a floresta. Terei que voltar mais vezes”, declarou o ex-vice-presidente.

Do Vale do Silício ao Vale Bioamazônico
Ao conduzir Al Gore pelos espaços do Parque, o governador Helder Barbalho destacou a ambição do estado em posicionar o Pará como um polo global de inovação e bioeconomia.
“Queremos fazer um benchmarking do que aconteceu na Califórnia, do que representou o Vale do Silício. Eu recebi terça-feira o governador Gavin Newsom e disse a ele: eles com os chips, nós com as moléculas”, afirmou Helder, ao comparar o potencial tecnológico da Califórnia com a riqueza biológica da Amazônia.
O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia é um dos pilares do projeto do Vale Bioamazônico, que visa transformar a região em referência mundial em soluções climáticas e uso sustentável dos recursos naturais. A iniciativa envolve universidades, centros de pesquisa, empreendedores e comunidades tradicionais, articulando saberes científicos e conhecimentos ancestrais.

Por Igor Nascimento (SEMAS)
Com informações da Agência Pará
