O Governo do Pará apresentou ao presidente-executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Sérgio Díaz-Granados, dois importantes equipamentos que integram o legado da COP30 a Belém: o Museu das Amazônias e o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia.
A agenda, ocorrida na quarta-feira (5), integra as ações preparatórias para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, e reforça o papel do Pará na construção de uma agenda conjunta voltada ao desenvolvimento sustentável, com inovação, cultura e valorização dos saberes amazônicos.
Apoio inicial – O Museu das Amazônias, entregue pelo governo do Estado em parceria com instituições nacionais e internacionais, contou com o apoio inicial do CAF para o desenvolvimento do projeto executivo, etapa fundamental para viabilizar o desenho e o planejamento do espaço.
“O CAF teve um papel muito importante no nascimento do Museu das Amazônias. Foi esse recurso inicial que possibilitou o desenvolvimento do projeto executivo, que deu início às escutas, ao desenho e à implementação do Museu. Hoje, finalmente, podemos receber o presidente do CAF, Sérgio Díaz-Granados. É uma alegria poder agradecer e mostrar como o sonho que sonhamos juntos, mais de um ano atrás, se concretizou em um belíssimo Museu, um equipamento público de divulgação que alia ciência, educação e imersão, e que cumpre um papel pedagógico fundamental”, destacou Ursula Vidal, secretária de Estado de Cultura.
A titular da Secult reforçou que o apoio do CAF se estende à viabilização da presença de delegações internacionais em Belém durante a COP30, demonstrando o alcance dessa parceria.
Compreensão dos saberes – Durante a visita, o presidente do Banco destacou a importância dos investimentos do Governo do Pará e reafirmou o compromisso da instituição com a sustentabilidade e o desenvolvimento humano na região amazônica. “Estamos iniciando a agenda da COP30 em Belém, no coração da Amazônia. Nosso compromisso é financiar a recuperação dos bosques amazônicos e apoiar as comunidades que vivem nessa região, mais de 50 milhões de pessoas. O Museu das Amazônias é uma grande aposta para a transformação cultural e para compreender melhor os saberes da Amazônia”, disse Sérgio Díaz-Granados.
“Este museu interativo vai permitir às pessoas de todas as idades entender a dimensão da Amazônia, e será uma janela para o mundo. O CAF se orgulha de ter participado, desde o início, desse projeto liderado pelo Governo do Pará”, acrescentou.
Referência – Após a visita ao Museu, a comitiva conheceu o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, equipamento entregue pelo Governo, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas). O espaço reúne centros de pesquisa, startups, empreendedores e comunidades tradicionais em torno de soluções sustentáveis e inovação tecnológica.
A diretora de Bioeconomia da Semas, Iara Menezes, explicou que a presença do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe reforça o papel do Pará como exemplo de governança ambiental e articulação internacional.
“Ter o presidente do Banco aqui, fisicamente, conhecendo o Parque e ouvindo sobre o que o Estado já construiu ao longo de três anos de implementação do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), mostra que temos resultados concretos e uma visão de futuro muito clara. A COP30 está abrindo portas e fortalecendo essas conexões”, disse Iara Menezes.
A secretária-adjunta de Bioeconomia da Semas, Camille Bemerguy, ressaltou o Parque como marco do compromisso do Governo do Pará com a transição para uma economia verde e inclusiva. “O Parque de Bioeconomia simboliza esse novo tempo da Amazônia, em que ciência, tecnologia e saberes locais se unem para gerar soluções sustentáveis. A presença do CAF e de outros parceiros internacionais reforça o potencial transformador dessas iniciativas e o papel decisivo do Pará na transição para uma economia verde e inclusiva”, enfatizou.
Por Jamille Leão (SEMAS)
Com informações da Agência Pará
