Cuidar da saúde é também cuidar do meio ambiente e da segurança pública. Com esse propósito, o Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo, por meio da Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (CGRSS), promoveu nesta segunda-feira, 9, um treinamento sobre o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). O evento reuniu 90 profissionais, incluindo enfermeiros, técnicos e colaboradores das áreas de apoio do HMS, Pronto-Socorro e UPA 24h, no auditório da Fametro.
A iniciativa destacou que o gerenciamento de resíduos hospitalares não é apenas uma questão técnica, mas um compromisso ético. Desde a geração até a disposição final, cada etapa deve ser cuidadosamente planejada, seguindo normas legais e priorizando a segurança de todos. Mais do que eliminar resíduos, o objetivo é reduzir a geração e promover soluções sustentáveis, protegendo o meio ambiente e a saúde coletiva.
O treinamento foi conduzido pela enfermeira Sheila Oliveira, vice-presidente da Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (CGRSS), e contou com a participação especial da promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará, Lílian Braga, do Meio Ambiente. Entre os temas abordados, destacou-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), que reforça a responsabilidade dos geradores pelos resíduos que produzem.
Além da legislação, os participantes aprenderam a identificar e classificar os diferentes tipos de resíduos, como os infectantes, químicos e comuns, e discutiram alternativas para reuso e reciclagem.
“A qualificação contínua dos profissionais de saúde é essencial para que possamos implementar soluções cada vez mais eficientes e sustentáveis no manejo dos resíduos”, destacou Sheilla Oliveira, vice-presidente da CGRSS.
Para Lílian Braga, promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará, a gestão de resíduos em Santarém é um dos maiores desafios do município.
“Precisamos criar uma cultura de melhor aproveitamento dos materiais e destinação adequada para os resíduos não reutilizáveis. Muitas vezes, aprendemos práticas inadequadas pela correria, falta de orientação ou investimento insuficiente em boas práticas. É urgente mudar essa realidade e investir em soluções sustentáveis. No caso dos resíduos hospitalares, lidamos com questões que impactam diretamente a saúde pública, e é essencial que todos compreendam seu papel nesse processo”.
Por: Katrine Bentes/Ascom-Semsa
Fonte: Portal Santarém