Professores, pais, mães e estudantes da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jayme Barcessat, localizada na área da hidrelétrica de Curuá-Una, distante 70 quilômetros da área urbana de Santarém, oeste do Pará, iniciaram 2025 com uma triste notícia.
É que, segundo funcionários, depois de 50 anos de funcionamento, a gerência das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) proibiu o funcionamento da instituição de ensino, deixando mais de 90 crianças sem ter onde estudar.
Ainda, de acordo com funcionários, a maioria dos estudantes são moradores das comunidades da Lagoa, São Pedro e Santa Maria, na área de influência da rodovia Santarém/Curuá-Una (PA-370), onde a escola mais próxima era a Jaime Barcessat.
“Tem uma escola no Guaraná, mas fica longe. A Eletrobras sugeriu a doação de um terreno, mas até que se construa uma nova escola, quem sabe quantos anos os alunos vão ficar sem estudar”, reclamou o pai de um aluno.
No fim do ano passado, por meio do ofício de número 007/2024, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) solicitou junto a Eletrobras, a autorização para a permanência do funcionamento da escola, nas dependências da Usina Hidrelétrica de Curuá-Una, porém, não obteve êxito.
Em resposta ao ofício da Semed, um documento assinado pela gerente de relações institucionais e governamentais da Eletrobras, Flávia de Lima Damázio, revelou que após análise criteriosa conduzida pela área de Operação, identificou que não será possível autorizar o funcionamento da escola, nas dependências da hidrelétrica, para os anos letivos de 2025 e 2026.
“A decisão baseia-se em medidas de segurança destinadas a evitar potenciais riscos às crianças e ao ambiente escolar”, revelou o documento.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém