O Festival Apoena realiza, na próxima, 8, a grande noite da terceira edição do evento que celebra a cultura amazônica e a música feita na região, depois de ter reunido mestras, mestres e grupos de Carimbó em quatro dias de programações prévias e abertas ao público. O ápice do Festival, que tem o patrocínio da Natura Musical e apoio institucional da Lei Semear, Fundação Cultural do Estado do Pará e Governo do Pará, acontece no Espaço Nabêra, na Cidade Velha, às margens da Baía do Guajará.
Assim como nas edições anteriores, o 3º Festival Apoena promete ser um grande encontro da pluralidade cultural amazônica, reunindo dez atrações musicais em um line-up que exalta a ancestralidade e a diversidade musical da floresta. Além da programação musical, o Festival também reunirá uma feira criativa com 10 expositores indígenas e uma área de alimentação voltada para a gastronomia regional.
Os shows trazem uma atmosfera com diferentes contextos culturais. No dia 8 de novembro, sobem ao palco do Festival, o grupo Arraial do Pavulagem e seu Boi, que juntamente com seus arrastões, foi reconhecido como manifestação da cultura nacional; Mestre Damasceno, direto do Quilombo do Salvá e seu Carimbó Marajoara, que teve um samba de sua autoria escolhido para ser o samba enredo de 2025 da escola de samba Grande Rio; Félix Robatto leva sua latinidade amazônica, apresentada no Festival Lambateria; Layse e Os Sinceros apresentam o Brega Marcante muito consumido nos bailes da saudade das periferias do Pará; Nilson Chaves, aniversariante da noite, carrega uma bagagem de musicalidade amazônica e será acompanhado pelo Trio Manari, considerado um dos maiores grupos percussivos do país; Gang do Eletro apresenta a cultura do Tecnobrega com toda a energia contagiante das aparelhagens; Baile do Mestre Cupijó faz uma releitura do trabalho desse grande Mestre da cultura popular criador do Siriá e o Bando Mastodontes, uma cria do Espaço Apoena, mistura várias sonoridades e linguagens em suas apresentações.
Segundo o organizador do evento, Anderson Moura, o 3º Festival Apoena reforça o que o Espaço Cultural Apoena tem realizado na capital paraense: ser palco e homenagear a cultura da região, suas produções artísticas, estilos musicais e manifestações populares e ancestrais. “Com quase 10 anos de história na cena cultural paraense, o Espaço Cultural Apoena se tornou um ponto de encontro para quem respira a cultura amazônica. Desde o primeiro Festival buscamos mostrar a força e a beleza da música feita na Amazônia paraense, conectando pessoas e dando palco para os talentos da nossa terra”, destaca Anderson Moura.
A primeira edição ocorreu de forma independente, em dezembro de 2019, reunindo mais de 10 atrações. A segunda edição foi no pós-pandemia, em 2021, dividido em cinco noites, também com 10 artistas da cena de Belém, no próprio Espaço Cultural Apoena, contemplado pela Lei Aldir Blanc. “Após tantos anos contribuindo para a disseminação da cultura da nossa região, sermos contemplados com um edital tão importante como o Natura Musical é uma honra imensa e nos oportuniza apresentar uma estrutura a altura de nossos artistas, o que sempre pensamos para nossos festivais”, completa Anderson.
Por: Jaqueline Ferreira
Fonte: Portal Santarém