Em protesto contra o acelerado nível de desmatamento da Área de Proteção Ambiental (APA/Alter do Chão), comunitários indígenas e alunos e professores da Escola da Floresta, bloquearam um trecho da rodovia Everaldo Martins (PA-457), na manhã desta segunda-feira, 11.
Os manifestantes cobram das autoridades ligadas ao meio ambiente, rigor nas fiscalizações dentro da reserva, principalmente às proximidades dos lagos.
Por conta da especulação imobiliária, segundo os indígenas, várias áreas de floresta e de savana foram degradadas, nos últimos anos, por empresários do setor imobiliário.
De acordo com a Comunidade Borari de Alter do Chão, que coordenou o protesto, a ação contou com o apoio de diversas organizações locais, onde a manifestação buscou chamar atenção para a urgência de proteger o território ancestral Borari e impedir a destruição desse espaço, que serve tanto à educação ambiental quanto à preservação das tradições culturais e espirituais do povo indígena.
O bloqueio reuniu cerca de 60 pessoas, entre membros da comunidade e apoiadores. Durante o evento, os manifestantes acionaram autoridades como a Prefeitura de Santarém, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF) para prestarem esclarecimentos e para intervirem em defesa da área, na região da Escola da Floresta.
Assista o vídeo:
ÁREA DE PROTEÇÃO
A APA/Alter é a primeira unidade de conservação a ser instituída no município, através da Lei Municipal nº 17.771, em 2 de julho de 2003.
A APA/Alter do Chão tem 16.180 hectares de extensão e inclui o Distrito de Alter do Chão, assim como as comunidades Caranazal, São Raimundo, Ramal do Laranja, São Pedro, Jatobá, Irurama, Aldeia Curucuruí, Santa Rosa, Ponta de Pedras e São Sebastião.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém