Usando a tribuna da Câmara Municipal de Itaituba, nesta terça-feira, dia 26 de novembro, o vereador Peninha denunciou a situação que estão vivendo os pacientes que fazem Hemodiálise no Hospital Regional do Tapajós em Itaituba. Disse o edil que a implantação do sistema de atendimento de HOMODIÁLISE em Itaituba foi uma grande conquista para os pacientes da região Sudoeste do Pará, que precisam e necessitam deste procedimento. Hoje, cerca de 70 pacientes de Itaituba e dos municípios da região são atendidos.
Peninha destacou que os pacientes renais da região Sudoeste do Pará, que se submetem ao tratamento de hemodiálise no Centro do Hospital Regional do Tapajós (Itaituba) com frequência de 3 sessões por semana, com duração de 4 quatro horas cada sessão, procuraram o Ministério Público para buscar apoio no sentido de interferir junto ao Hospital Regional por uma série de problemas das mais diversas ordens e decorrentes às inúmeras causas, que vem sendo apresentadas, principalmente a falta de medicamentos para a sessões dos pacientes de hemodiálise.
Segundo Peninha, foi encaminhado um documento relatando toda esta situação ao Ministério Público. “Os pacientes já levaram ao conhecimento da direção do hospital, que apesar de sempre se comprometer em solucionar os problemas até então nada fez que pudesse trazer a devida tranquilidade aos pacientes e seus familiares. Até os medicamentos EMAX, injetável para anemia e Noriporum também para anemia não tem no Hospital Regional, afirma o documento”, frisou Peninha.
O parlamentar disse que no documento os pacientes relatam que, sem dúvida o setor de Hemodiálise, juntamente com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são os piores do HRT, “afinal, somente esta unidade hospitalar disponibiliza aos pacientes da Região Sudoeste do Pará, esses dois Centros. Nenhum outro hospital público ou particular oferece esses especializados e imprescindíveis tratamento”, falou Peninha.
“No entanto, o documento encaminhado ao MP, em relação ao Centro de Hemodiálise do HRT, diz que o que poderia representar uma sensação de alivio, tem se transformado em um sentimento de agonia e temeridade, posto que a cada dia se avolumam os problemas daquele setor hospitalar que variam de a falta de agulha até mesmo a falta de trocas de filtros, medicamentos, que impossibilitam a operacionalidade das máquinas de Diálise”, prosseguiu o vereador.
No documento, mostrado pelo vereador, os signatários alegam que há deficiência quanto aos equipamentos que precisam de manutenção, assim como também a contratação e treinamento de técnico em eletrotécnica, uma vez que os contratados não tem conhecimento algum dos trabalhos da Nefrologia, nem mesmo sabendo como proceder os testes da qualidade da água.
“Quanto, ao maquinário, se encontram em constantes reparos sem lograr êxito, colocando em risco a vida dos pacientes, haja visto, que são raras as vezes que é feita a sua manutenção e esta por sua vez é feita via celular, não havendo aqui técnico para fazer a manutenção dos equipamentos”, prosseguiu em seu pronunciamento Peninha.
Mas, ressaltam os pacientes de hemodiálise no documento, que muitos são os problemas, porém, um dos problemas que mais tem preocupado eles é o Transporte dos Pacientes Renais. Afinal, a sessão de dialise é deveras extenuante e a falta de transporte regular e com um mínimo de conforto aos pacientes e acompanhantes, agrava ainda mais o estado de debilidade dos pacientes, notadamente os cadeirantes.
O edil ressaltou que atualmente o veículo disponibilizado ao transporte dos pacientes é uma Van, que o município de Itaituba é o responsável, com apenas 8 assentos, tendo quatro para cadeirantes. “Por esta razão os acompanhantes são obrigados a serem transportados em pé. O grave, diz o documento, que esta Van atende além, dos pacientes com problemas renais, outros setores da saúde do município e nem sempre está disponível para atender as necessidades de transporte dos pacientes do Centro de Hemodiálise. Veículo este, segundo o documento, que precisa de manutenção, inclusive de vez em quando tem problema com falta de pneu”, disse Peninha.
Lembrou o vereador Peninha que os pacientes, inclusive compareceram em uma audiência com o Promotor de Justiça, onde entregaram o documento relatando todos os problemas no Hospital Regional do Tapajós, e pediram providencias. Por sua parte o Ministério Público encaminhou documento à Direção do Hospital pedindo explicações sobre as denúncias encaminhadas pelos pacientes.
“Gostaria de concluir meu pronunciamento nesta manhã, lembrando que dinheiro não falta para manter o Hospital Regional, pois mensalmente é repassado para o HRT o valor de R$ 11.544.967,19, ou seja mais de R$ 11 milhões por mês”, disse Peninha.
Peninha solicitou da Câmara Municipal que convide a direção do Hospital Regional do Tapajós para comparecer ao Poder Legislativo para prestar esclarecimentos sobre as denúncias.
Fonte: Portal Santarém